Vale Sagrado dos Incas – Pisaq / Ollantaytambo / Chinchero

Em nossa última viagem ao Peru decidimos dedicar um dia para visitarmos alguns dos lugares mais legais do Vale Sagrado dos Incas.

Nossa agência preferida no Peru, a Peru Grand Travel organizou tudo para termos um dia de ônibus desbravando os sítios arqueológicos.

Começamos em Pisac – a 33 km de distância a leste da cidade de Cusco – e suas ruínas no alto da montanha.

Com uma estrutura bem conservada e as “terrazas” típicas das construções Incas este é com certeza um passeio que merece a atenção que é dada a Machu Picchu.

De todos locais que visitei no Vale Sagrado, depois de Machu Picchu, lógico,  este é o sítio arqueológico que tem mais atrativos e construções singulares. Pesquisas indicam que o local era habitado desde o século 10, no período Pré-Inca. Com os Incas tornou-se capital regional. Você vai verificar que no alto da colina existe um forte para o qual se sobe através de caminhos íngremes, precisa de um condicionamento físico bom, mas vale muito a pena.

Os passeios tradicionais não mostram nem 1/3 do local, portanto, recomendo que você pegue um táxi ou ônibus normal para aproveitar o máximo das Ruinas de Pisaq.

Na cidade de Pisac tem uma feira muito famosa de artesanato, chamada de Mercado de Pisac, onde você encontra todo tipo de artesanato peruano. Como é tradição, você pode baixar o valor em pelo menos 20% se pechinchar, o pessoal está sempre pronto para uma negociação. O que me chamou a atenção foram as tendas de objetos imitando utensílios Quechuas, em particular aqueles relacionados a garantir a energia para o sexo.

A maior característica deste mercado entretanto são os objetos de prata. Como tem muita falsificação de prata em vários comércios de Cusco, aqui você pode encontrar a verdadeira prata 950 por ótimos preços e com um design especial.

Pisac também tem padarias ótimas para se experimentar a chicha e pães feitos na hora.

Logo depois de visitar Pisaq fomos almoçar no restaurante Wayrawasi do Sonesta Posadas Del Inca, um hotel que fica em Yucay, cidade entre Pisac e Ollantaytambo.

O restaurante estilo buffet serve diversos pratos, não só da culinária local, é um restaurante bem variado e não tem nenhum prato (pelo menos no almoço) que desperte algo muito especial.

Já o ambiente do hotel é lindo! Com muitas flores, jardins, fontes e esculturas este hotel com certeza fará parte de um roteiro futuro, quando voltarmos para o Peru.

Estava chegando a hora de visitarmos as ruínas de Ollantaytambo, uma das últimas cidades Quechuas.

Este lugar sim vale a pena passar no mínimo 3 horas e de preferência com um guia que domine a história do local. Este foi nosso caso.

Nosso contato inicial é com um vale e na nossa frente uma enorme montanha onde se localizam as unidades arqueológicas do lugar. Logo depois começamos a subir a montanha para chegar na parte alta do sítio, onde se localizam as construções arqueológicas mais interessantes. Haja fôlego.

O sítio de Ollantaytambo é constituído de conjuntos residenciais, templos, depósitos e alguns recintos cuja função não está definida, uma vez que temos aquela impressão que está presente em todos centros Incas, de que o sítio não estava de fato concluído na época da invasão dos espanhóis. Acredita-se que foi construído cerca de 150 a 200 anos antes da chegada dos espanhóis.

A construção se destaca graças à engenhosa arquitetura inca, que entre outras coisas, construiu aquedutos e no alto da montanha, templos como o Templo do Sol, dotadas de pedras enormes e perfeitamente talhadas e encaixadas.
Como o local não se encontra completamente finalizado, é aqui onde os pesquisadores encontraram maiores indícios do modus operandi da arquitetura inca.

Assim como outras construções incas, esses degraus gigantes se tornam ainda mais gigantes quando chegamos perto deles, as fotos nunca darão a real imensidão das escadarias ingrimes. Apesar de sabermos que eles funcionavam como terraços de cultivos de alimentos, aqui eles ganharam outra função, e ganharam o nome de Fortaleza , devido a função que o sítio arqueológico ganhou durante a época da conquista espanhola.

Chegando na parte de cima do sítio, nos deparamos com uma ventania super forte. Portanto fica a dica: Sempre ande com um casaco, não importa o tempo, é bom se proteger pois venta muito e faz frio em toda a região de Cusco, ainda mais em locais altos.

Com o dia já escurecendo nos dirigimos para o último ponto do Tour do Vale Sagrado: Chinchero, a cidade vigia do Vale Sagrado, que fica a 3.772 metros acima do nível do mar.

Na história dos conflitos entre os Incas e os conquistadores espanhóis, Chinchero foi testemunha de um episódio único. Manco Inca, o rei-fantoche que subiu ao poder por indicação do conquistador Pizzarro, se arrependeu depois, fez uma guerra contra os ex-aliados e incendiou Chinchero, numa política de “terra arrasada”, para eliminar as rotas de suprimentos para os inimigos.

Bem em frente ao parque arqueológico fica o Interpretation Center of Andean Textiles – Balcón Del Inca onde tivemos uma excelente aula sobre lãs, tinturas e ervas. Depois fomos para exposição e venda de artesanatos. Impossível não levar nada.

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Aqui tem um vídeo da aula que tivemos:

O Vale Sagrado dos Incas é realmente muito especial! Conhecer Pisac, Urubamba, Ollantaytambo e Chinchero é imperdível a quem for visitar o Peru!