Explorar as florestas da Amazônia, presenciar o encontro das águas do Rio Solimões com o Rio Negro, conhecer comunidades indígenas, navegar pelos igarapés e igapós, apreciar a vitória-régia e nadar com os botos-cor-de-rosa em um só dia? Sim, é possível!
Mais uma aventura com o pessoal da Amazon Gero Tours, desta vez com o guia Ubens Kenrick Lacruz. Como a maioria das atividades na Amazônia, a nossa começou lá pelas oito da manhã no Porto de Manaus, o maior porto flutuante do mundo e um ótimo local para se comprar banana chips.
A lancha Expresso Jibóia é a nossa condução, toda equipada com coletes salva-vidas, rádio comunicador e mais aquele monte de itens de segurança exigidos pela capitania dos portos.
As surpresas começaram cedo, poucos minutos após a partida estávamos sob os postos de combustíveis flutuantes do Rio Negro, uma estrutura incrível e necessária para um lugar que depende principalmente dos barcos a motor.
O primeiro ponto de parada foi no fenômeno natural “Encontro das Águas”, oriundo da junção entre o Rio Negro, de água preta, e o Rio Solimões, de água barrenta. Nosso guia contou que as águas dos dois rios correm lado a lado sem se misturar por uma extensão de mais de 6 km.
É muito impressionante seguir as duas águas, negras e amarelas, correndo juntas por quilômetros.
Continuamos nossa viagem até encontrar a Comunidade de Catalão, um reduto de tranquilidade sobre as águas a pouco mais de 40 minutos de Manaus pelo Rio Negro.
Esta localidade abriga os moradores das casas flutuantes. Eles tem uma cidade completa lá com tudo que é necessário, de supermercados a igrejas. É incrível o poder de adaptação deste povo.
O próximo destino foi o Parque Ecológico Janauary, não tivemos muito tempo por lá, mas foi bem legal poder ter contato com alguns animais locais, como cobras e até um bicho preguiça.
Outro ponto muito legal do parque foi conhecer as belas Vitórias-Régias com suas grandes folhas planas e circulares.
O almoço também foi sobre as águas, no restaurante flutuante Rainha da Selva com dezenas de pratos que trouxeram o melhor da região amazônica com deliciosos peixes e saladas. Comida simples e saborosa.
Anexo ao restaurante há uma feirinha de artesanato com preços justos e mais ao fundo é possível ver macacos nativos livres, se você quiser aproximação com eles basta trazer do restaurante algumas bananas que irão busca-las na sua mão.
Após o almoço navegamos até a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé. Na maloca indígena localizada às margens do Rio Negro residem cinco etnias diferentes. A raiz dessas tribos é o distrito de Pari Cachoeira, no município de São Gabriel da Cachoeira, fronteira do Brasil com a Colômbia.
Esta visita foi muito especial, é uma emoção única e indescritível assistir a uma apresentação dos costumes e folclore deste povo guerreiro, lutador e sobrevivente. (no fim deste post tem um vídeo desta experiência)
Agora nosso destino é a região do Paricatuba. Durante o percurso pudemos observar melhor a exuberante floresta do Rio Negro até chegar no local onde é possível interagir com os Botos-Cor-de-Rosa, animais doces e brincalhões.
Apesar de um monitor estar neste local para dar as instruções de como interagir e alimentar os botos, achamos que os bichos sofrem um pouco com toda esta situação. Eles ficam desesperados para pegar a comida na mão do monitor, que abusa um pouco deixando o boto esperando muito tempo para pegar os peixes.
Na volta pra Manaus pudemos observar a grandeza da Ponte Rio Negro, que liga a cidade de Manaus ao município de Iranduba. Esta é considerada a maior ponte fluvial e estaiada do Brasil, com 3,6 quilômetros de extensão.
Abaixo tem um vídeo com um pouco mais desta aventura: