Com o pessoal da agência Tribo da Serra Ecoturismo tivemos o prazer de entender porquê a cidade de Bom Jardim da Serra é conhecida como a “Cidade das Águas”.
Com mais de 35 cachoeiras de pelo menos 10 metros de altura e cerca de 14 rios nascendo no município, esta pequena cidade no alto da Serra do Rio do Rastro (tem pouco mais de quatro mil habitantes) encanta por suas belezas naturais e principalmente pelas pessoas que lá vivem.
Visitamos Bom Jardim da Serra em fevereiro, que não é a melhor época para o turismo na cidade. A alta temporada acontece de maio a agosto, que apesar das baixíssimas temperaturas, o risco de nevoeiro é menor, garantindo boa visibilidade nos mirantes e tempo menos chuvoso.
No mesmo dia vimos fazer as quatro estações, de uma hora par outra o tempo fechava e começava a chover, o mesmo acontecia de forma inversa, e quando o sol saía era aquela correria para fazermos algum passeio.
Pacientemente, no saguão do Rio do Rastro Eco Resort, a Mirian e o Tyago da agência Tribo da Serra Ecoturismo, esperavam o tempo melhorar para poder agendar e planejar nossas saídas. Infelizmente conseguimos fazer apenas um passeio com a agência nos três dias que ficamos hospedados, mas posso garantir que valeu a pena!
Assim que amanheceu em nosso segundo dia na Serra Catarinense lá estava o Tyago pronto para nos levar ao tour que é chamado pela agência de Circuito das Águas. Todo percurso é feito de Troller 4×4 em estrada de chão e com lindas paisagens para onde quer que a gente olhasse.
Durante o trajeto passamos por muitas taipas, que são muros de pedras feitos para dividir terras e delimitar áreas para o trânsito de cavalos e animais. Estas taipas são uma obra de arte e podem ser vistas por toda parte.
A primeira parada foi na cachoeira conhecida como Cachoeira dos Alagados ou Cachoeirinha. Leva esses nomes pois está na região dos Alagados, área conhecida por ser muito úmida e estar sempre alagada. O outro nome é devido ao nome do rio: Rio Cachoeirinha.
A cachoeira tem cerca de 25 metros de altura e a caminhada até ela oferece um intenso contato com a natureza. É possível escutar o canto dos pássaros, admirar a beleza de flores raras e ainda energizar-se com o som das águas.
Na volta da cascata paramos em um pomar de maçãs. Eu nunca tinha estado em um pomar de maçãs antes e achei muito legal a experiência. Tinha maçãs do tipo Fuji e Gala.
Na volta passamos pelo centro de Bom Jardim da Serra e o Tyago, nosso guia, em poucos minutos mostrou a cidade inteira!
Um ponto muito bonito é a Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. É uma Igreja diferente, sem escadarias, com uma arquitetura que chama muito a atenção principalmente pelo formato de seu telhado. Espero que não seja sacrilégio, mas me lembrou muito um chapéu de bruxa!
Nossa última parada foi a Cascata Barrinha, que tem um acesso muito fácil, às margens da estrada. Descemos para cascata por um trilho que fica bem próximo ao pórtico da cidade. Outra forma de observar é pelo mirante a 50 m da Churrascaria Cascata, onde há uma escada até a queda d’água.
O lugar tem boa piscina natural com águas cristalinas e bem rasas.
O passeio é muito legal e nosso guia foi super simpático e informativo, além de hábil motorista nas estras barrentas da região. Fica a dica: protetor solar e calça, mesmo no frio o sol queima a pele e a calça protege dos espinhos que ocasionalmente estão nas áreas rasteiras.