Purmamarca tem tradução como “Pueblo de la Tierra Virgen” em língua Aimará e esta terra contém as marcas de milhões de anos de uma forma poética e colorida estampada em suas montanhas. Junte-se a nós nesta aventura e conheça também Salinas Grandes e Uquía.
Continuando nosso tour pelas belezas da província montanhosa de Jujuy no norte da Argentina tivemos um dia inteiramente dedicado a conhecer as cores e os pitorescos vilarejos da região.
Começamos nossa jornada por Uquía, um povoado com pouco mais de 500 habitantes e visual arrebatador no meio do deserto.
Chegamos por volta das 9:00 e pudemos observar os vendedores começando a organizar a feira de artesanato local. Este é um ótimo lugar para comprar produtos lindos com preços super em conta.
Uquía é muito conhecida pela Igreja de São Francisco de Paula, um Monumento Histórico Nacional Argentino, que apesar de ser bastante simples e rudimentar vale muito uma visita para conhecer as pinturas que retratam os Anjos Arcabuzeiros, um tesouro único de raros exemplares da famosa Escola de Cuzco.
Não é permitido fotografar o interior da igreja, tivemos que pedir autorização com antecedência para publicarmos uma fotografia e gravar um trecho em 360° (vídeo no final da matéria)
Depois de admirar esta coleção incrível de pinturas continuamos pela Ruta Nacional 9 até a cidade de Purmamarca. A estrada é um show à parte, durante o trajeto é impossível não parar para tirar centenas de fotografias.
Mais 70 milhões de anos de história criaram um dos mais conhecidos cartões postais da Argentina, o Cerro de los Siete Colores, que é avistado de longe, antes mesmo de entrarmos no perímetro urbano de Purmamarca.
As fotos mais tradicionais são feitas já no centro da cidade ou sobre o Cerro El Porito, que fica bem em frente do cerro principal e custa AR$ 5,00 por pessoa para subir. (menos de R$ 1,50 em 09/2016)
A cidade é encantadora, apesar de não levar mais do que uma hora para percorrer o “centrinho” todo a pé, nós poderíamos ficar alguns dias ali para explorar as peculiaridades da feira de artesanato permanente, da arquitetura e da gastronomia típica.
Pelas ruelas apertadas de tantos turistas (visitamos a cidade em um domingo, véspera de feriado nacional) conhecemos Tere Sarmiento e sua “cocina criolla andiana”, aproveitamos para experimentar as preparações a base de batatas e especiarias da região, tudo delicioso e com um sabor único.
Aqui é tudo tão encantador que passeando pelas ruelas a gente até esquece um pouco da colorida tela de fundo e começa a se encantar com as pessoas e os tons ocre das construções.
Nosso almoço aconteceu no restaurante Tierra de Colores, um lugar charmoso que fica a menos de 200 metros da Plaza 9 de Julio.
O espaço pitoresco tem decoração típica da região e conta com música tradicional ao vivo, fomos muito bem atendidos, aliás, bom atendimento é uma característica de Jujuy.
O couvert foi apresentado com pães frescos e feijões brancos em óleo de oliva e especiarias. Para entrada pedimos Empanadas de Carne, estavam deliciosas, o prato com duas unidades custou AR$ 12,00. (cerca de R$ 3,00 em 09/2016)
Os pratos principais forqam uma Milanesa de Quesillo, AR$ 75,00 (cerca de R$ 17,00 em 09/2016) e um Picante de Pollo, que apesar de conter a palavra picante no nome não é apimentado. O que impressionou foi o tamanho do prato, muito bem servido, não é alta gastronomia, mas tem um custo benefício excelente para quem deseja recompor as energias para poder caminhar bastante pela região. AR$ 95,00 (cerca de R$ 21,00 em 09/2016)
Purmamarca é muito mais do que o Cerro das 7 Cores e gastronomia farta, outro roteiro indispensável na cidade é o Paseo de los Colorados, um trecho de 4 quilômetros, que percorre as montanhas das proximidades.
O céu azul purmamarquenho é o contorno ideal de uma paisagem natural única e de beleza particular marcada por um vermelho vivo que cobre toda a região. Sem dúvidas um dos lugares mais incríveis que já visitamos.
No início da tarde deixamos Purmamarca e seguimos para Salinas Grandes, distante 126 km pela Cuesta de Lipán. Para fazer este trajeto prepare-se para subir, mas subir muito mesmo, o ponto mais alto da estrada fica a 4.170 metros acima do nível do mar.
Como em todas as estradas do norte da Argentina as vistas são lindas, mas a particularidade desta rota, devido a altitude, é que o visual fica simplesmente estonteante a cada nova curva.
Salinas grandes é o terceiro maior salar do mundo, depois do Salar de Uyuni, na Bolívia e do Salar de Arizaro, em Salta, a dica aqui é utilizar muito filtro solar, óculos de sol, um casaco para se proteger do vento e brincar bastante com as possibilidades de fotografias divertidas que se pode fazer por ali.
A área de 6.000 km² do salar possui uma grande importância industrial para a Argentina com a extração de minas de sódio, potássio e lítio. O solo é recortado, retirando-se o sal fazendo brotar a água salgada que acabará se solidificando com o passar dos dias.
E depois de subir a gente tem que descer e fazer tudo de novo para voltar, a vantagem é que se pode ter toda a linda vista novamente, agora sob uma nova perspectiva.
Passamos um dia incrível na região, mas aconselhamos muito a quem está organizando um novo roteiro pelo norte da Argentina que passe pelo menos uma noite em Purmamarca, tendo assim no mínimo 2 dias inteiros para aproveitar a região, que fica mais linda ainda ao nascer e ao pôr do sol.
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www.argentina.travel
Sempre tive vontade de conhecer o norte da Argentina. Agora, ainda mais! 🙂 Ana
Adorei esse blog emocionante!Vc viaja pelo mundo mesmo? Quero ser como vc!Amo viajar e quero conhecer gramado… as suas dicas foram muito uteis
Realmente é lindo…
Adorei!!!
Oi gente! Estou acompanhando o blog há um tempo, fico muito empolgada com a experiência que vocês tiveram, vários posts me motivaram grandemente a encarar viagens que antes só estavam no papel ou na cabeça.
oi, gosto do seu trabalho, estou programando minha viagem para daqui uns dias, esta matéria me ajudou :D.
Linda viagem, lindo post, lindas fotos! Parabéns pelo blog.